Oi queridos! É com um prazer enorme que inauguro a minha coluna aqui no Para Ser Feliz. Falar sobre Adoção é mais do que um prazer pra mim, e pra minha família.
Adoção foi a coisa mais fantástica que nos aconteceu, pois nos permitiu nos encontrarmos, e podermos ser a família Campos Drumond, que somos hoje.
Pra quem ainda não conhece nossa História, tá aqui.
Sejam bem-vindos, todos.
Este espaço eu utilizarei para falarmos sobre a Adoção Tardia e a Adoção Interracial, que acredito que sejam os dois grandes gargalos que fazem a conta da Adoção no Brasil não fechar.
Temos milhares de pretendentes em fila, e de outro lado, milhares de crianças e adolescentes esperando. Que acontece, né?
Bom, falaremos sobre essa questão, e muitas outras.
Falarei porque falar sobre adoção virou uma necessidade pra mim. Eu poderia ter adotado e simplesmente tocado minha vida com meus filhos em frente, torcendo de fato pra que todas as crianças como eles tenham a oportunidade que eles tiveram.
Mas eu não consegui. Ainda deito na cama a noite, e penso, que muitas crianças como eles, agora, estão desejando uma família, e que eu posso, com a minha história, com o que aprendi e aprendo todo dia, mostrar que adotar crianças mais velhas traz tanta felicidade quanto adotar um bebê. Que é possível. E que é bom.
Preâmbulo, feito, passo ao assunto deste primeiro texto: porque resolvi adotar uma criança, ou melhor, duas?
Comecemos do início…rs…
Sim, eu confesso: até o momento do diagnóstico feito pelo médico de que não engravidaríamos de forma natural, eu nunca, nunca tinha pensado em adoção.Já ouví várias histórias, e ainda ouço bastante, de pessoas que trazem este sentimento da infância, de que “sempre quiseram adotar” , ou de que já haviam convivido com a adoção de alguma forma, mas nenhum destes casos foi o meu.
Parti do zero nessa decisão, tendo de entrar em contato com este universo sem maiores informações, tendo de colher cada palavra aqui e alí, pra tentar entender como isso funcionaria, e o mais importante , se este seria o caminho pra mim, pra nós.
Depois de muito pesquisar sobre o assunto, de ler muitos relatos, e de fato entender a situação e o perfil das crianças abrigadas, tomar a decisão de adotar duas crianças maiores foi até que natural.
Vale dizer aqui que em nenhum momento eu quis “ajudar” uma criança. O desejo era totalmente egoísta de ser mãe. Eu queria um filho, e adoção ia me proporcionar isso. Ponto.
São totalmente injustos os elogios que me dirigem dizendo: que boa ação, que atitude grandiosa, e cositas afim. Não mereço nenhum deles, e nem me quero nesta posição.
Eu só queria ser mãe dos meus filhos. Só.
Então, pra enfim responder a pergunta “por que eu quis adotar 2 crianças”, terei de fazer uma lista do que não era importante pra nós. Vocês vão entender, vai lá:
-Nós não víamos problemas deles serem maiores, porque acreditamos fortemente que ainda assim eram crianças, e que conseguiríamos nos vincular.
-Nós não víamos problemas de serem dois, pq dois era o número de filhos que gostaríamos de ter, então, achamos que seria inteligente fazer isso de uma vez só, e que seria legal eles serem irmãos.
- Nós não nos sentíamos inseguros e desconfortáveis para desempenharmos os papéis de Pai e Mãe, mesmo sem ter a menor idéia de como seria.
-Nós não nos importávamos com a cor deles, porque não somos racistas.
- Nós não nos importamos com o que nossos familiares disseram, porque sim, todos foram contra, inicialmente.
- Nós não pensamos que poderia dar errado, e aí pode ter sido ingenuidade ou imprudência, mas nós de fato não pensamos nisso.
Enumerando tudo isso, foi simples decidir de fato pela adoção, não é? Cada ítem listado acima foi a conclusão de longas conversas, pra uns, mais curtas pra outros…
Diante deste cenário, nós decidimos dar entrada no processo e sermos padrinhos enquanto o processo rolava.
Não deu tempo, na nossa primeira tentativa de apadrinahmento, PIMBA! Deu certo! Seriam só umas férias, mas se tornou muito mais… virou família!
por Adoção Para Ser Feliz
Fonte: http://paraserfeliz.net/wp/adocao-2/por-que-resolvi-adotar/
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